Os cuidados no monitoramento dos pacientes com diabetes não podem ser resumidos para controle de glicose. Membro da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (SOCERJ), Bruno Bandeira ressalta que as complicações da doença podem estar fortemente ligadas a problemas cardiovasculares, criando condições desafiadoras para a qualidade de vida dos pacientes.“O que mais se preocupa não é apenas glicose alta. O diabetes anda de mãos dadas com alta pressão e colesterol alto, o que aumenta o risco de infarto, derrame e insuficiência renal. O diabetes é uma das principais causas de hemodiálise. Muitas pessoas descobrem a doença quando há complicações graves.
O cardiologista é um dos editores do manual “Diabetes e Doença Cardiovascular”, que será lançado no 42º Congresso de Cardiologia, que ocorre entre 8 e 9 de maio, na Expo Mag, no centro de Janeiro. Os negócios manuais, em oito capítulos, uma ampla visão do diagnóstico, estratificação de risco, individualização terapêutica, impacto de pacientes e estratégias práticas para o rastreamento de pacientes. O material será disponibilizado no site da SOCERJ após o lançamento.
“O novo manual emerge como uma ferramenta -chave para o médico que está na linha de frente e no médico de cuidados primários, quem é o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde”, explica o editor, que descreve como isso ajuda: “Oferecendo diretrizes claras sobre como realizar a avaliação clínica, rastreando e escolhe as complicações mais certas – a mais seriam as mais sérias conseqüências das conseqüências de dia das conseqüências mais graves do que é mais grave do que é mais grave do que a mais seriamente é que as complicações são mais sérias do que a mais seriamente, o que é mais realizado para a avaliação clínica.
Novos medicamentos
Na visão do cardiologista Socerj, o advento de novos medicamentos para o tratamento do diabetes, com impacto comprovado na redução do risco cardiovascular, trouxe perspectivas transformadoras para a abordagem terapêutica integrada. Segundo a Bandeira, esses novos medicamentos mudam a lógica do tratamento. O foco não é mais apenas controle de glicose e se torna o paciente como um todo ao tratar o diabetes tentando evitar um possível problema cardíaco.
“Os novos medicamentos para o tratamento do diabetes são uma revolução silenciosa na medicina. Estamos falando de medicamentos poderosos chamados inibidores de SGLT2 (cotransportador de glicose de sódio 2), os agonistas do GLP1 (peptídeos são semelhantes aos glucagon-1) hoje em prática médica. Esses remédios ajudam a controlar a glicose e, mesmo assim, proteger o coração e os rins.
O médico especialista também cita medicamentos com as substâncias paragliflozina e dapagliflozina que são orais. “Hoje, a dapagliflozina está sendo gratuita gratuitamente para pacientes diabéticos acima de 65 anos em Sus. Também temos um semaglutado, que é um medicamento subcutâneo, um dos canetas de emagrecimento, mas que realmente serve para controlar o diabetes. Em pacientes obesos, também reduz o peso”.
Desafio de Saúde Pública
O sub-coordenador do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), Saulo Cavalcanti, também acredita que o diabetes é um dos maiores desafios da saúde, não apenas no Brasil, mas no mundo.
“Embora a doença seja conhecida desde 1.500 antes de Cristo, ainda hoje uma pessoa morre a cada sete segundos em todo o mundo por complicações do diabetes, de acordo com a Federação Internacional de Diabetes”, disse Cavalcanti.
O endocrinologista acrescenta que a falta de esclarecimento sobre a doença, o alto custo do tratamento e a baixa adesão dos pacientes dificultam a superação desse desafio.
A prevalência de diabetes no país é de 10,2% da população, representando cerca de 20 milhões de pessoas, de acordo com a Vigitel Brasil 2023 – vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito por telefone. Esse número representa um aumento em comparação com 2021, quando a taxa foi de 9,1%. A pesquisa mais recente também revela que o diagnóstico da doença é mais comum entre as mulheres (11,1%) do que entre os homens (9,1%).
De acordo com o subcoordinador do Departamento de Diabetes da SBEM, o diabetes tipo 1 representa 8% dos casos e o tipo 2 por 90%. “Porque eles são assintomáticos, apenas cerca de 45% deles [pacientes do tipo 2] Eles sabem que são diabéticos e não fazem tratamento. O diabetes causa ferimentos a vários órgãos, como coração, rins, cérebro e olhos. A maioria dos diabéticos chega para o médico em estágios avançados da doença com pior prognóstico. O diabetes não tem cura, tem controle. ”

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