MrBeast, Amazon e o futuro do entretenimento: criadores agora mandam no jogo

PorMARCIA NEGRAO

Nos últimos anos, uma revolução silenciosa vinha acontecendo na forma como consumimos entretenimento. Agora, ela grita. Com a renovação de Beast Games por mais duas temporadas, a Amazon não apenas investe em um fenômeno de audiência — ela confirma o que já era tendência: os criadores de conteúdo não são mais “coisa de YouTube”. Eles…

Nos últimos anos, uma revolução silenciosa vinha acontecendo na forma como consumimos entretenimento. Agora, ela grita. Com a renovação de Beast Games por mais duas temporadas, a Amazon não apenas investe em um fenômeno de audiência — ela confirma o que já era tendência: os criadores de conteúdo não são mais “coisa de YouTube”. Eles são o futuro (e o presente) da indústria do entretenimento.

MrBeast virou mainstream — e mudou as regras

Jimmy Donaldson, mais conhecido como MrBeast, criou um reality show com estética inspirada em Round 6, provas desafiadoras e prêmios milionários. O programa, lançado no Prime Video, explodiu:

  • 50 milhões de views em 25 dias,

  • Tornou-se o conteúdo unscripted (sem roteiro) mais assistido da história da Amazon,

  • E gerou lucros estimados em US$ 100 milhões.

Com isso, a gigante do streaming renovou Beast Games por mais duas temporadas — algo impensável há poucos anos para um projeto liderado por um youtuber.

 Por que isso importa?

Essa movimentação mostra uma mudança estrutural no modelo de produção e consumo de conteúdo. Se antes os criadores digitais eram vistos como “amadores” ou fora do circuito tradicional, hoje são tratados como ativos estratégicos pelas maiores plataformas do mundo.

Plataformas como Amazon, Netflix e HBO Max estão se moldando ao universo dos criadores — e não o contrário.

 O domínio dos criadores na era do streaming

Outros exemplos reforçam essa virada:

  • A Netflix já investe em youtubers infantis, adapta podcasts em vídeo e flerta com realities de influenciadores.

  • A HBO Max abriga um reality dos irmãos Jake e Logan Paul, estrelas nascidas no YouTube.

  • Em dezembro de 2024, o YouTube bateu recorde e liderou o tempo de visualização em TVs nos EUA:

    • YouTube: 11,1%,

    • Netflix: 8,5%,

    • Amazon Prime Video: 4,0%.

Ou seja: quem dita o que o público quer ver não são mais apenas os estúdios — são os criadores que conquistam audiência real, todos os dias.

Cadê sua parte nisso?

Essa transformação impacta todos nós — como consumidores, como empreendedores e como cidadãos digitais.
Alguns pontos para refletir:

  • A forma como nos entretemos está cada vez mais descentralizada, democrática e direta.

  • Modelos de negócios estão mudando: empresas agora medem sucesso por engajamento, e não apenas bilheteria.

  • Oportunidades estão se abrindo: quem produz conteúdo com qualidade e constância pode chegar longe — com ou sem grandes estúdios.

O que esperar daqui pra frente?

Com mais criadores migrando para formatos híbridos (streaming + plataformas sociais), podemos esperar:

  • Mais investimentos em creators como marcas independentes,

  • Uma nova leva de programas inspirados no YouTube e TikTok,

  • E até redefinições nas premiações e nas regras de mercado audiovisual.

O que antes era “alternativo” agora é “central”. E o público está assistindo — e escolhendo — com o controle na mão.

✍️ Conclusão: a nova era do entretenimento é feita de pessoas — não só de estúdios

A Amazon entendeu. A Netflix já se moveu. O YouTube provou seu peso. E MrBeast, com seu reality milionário, deixou claro: os criadores digitais não estão apenas participando do jogo. Estão mudando as regras.

💡 E você? Está preparado para essa nova era onde todo mundo pode ser mídia — e toda mídia precisa de conexão real com o público?

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