Depois que a Polícia Federal lançou a Operação Sem Desconto na quarta-feira passada (23), para investigar um esquema que teria causado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões em descontos associativos não autorizados aplicados a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o caso ganhou grande repercussão.
Em meio às investigações, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, negou que tenha se omitido ao receber alertas sobre a possível fraude. Segundo ele, as medidas necessárias já estavam sendo tomadas para apurar as irregularidades.
Em uma entrevista ao conteúdo de Estadão, neste domingo (27), o ministro disse que determinou uma investigação sobre o assunto, que foi concluído em 6 de setembro de 2024. “Não omiti, tentei agir”, disse Lupi, após a divulgação de informações que ele foi avisado em 2023.
A conselheira Tonia Galleti, do Conselho Nacional de Seguridade Social, teria dito, de acordo com a ata da reunião, que ele havia solicitado a inclusão da discussão sobre supervisão de entidades. No entanto, Lupi teria rejeitado o pedido de não estar na agenda.
Na mesma reunião, o conselheiro reforçou o pedido, mas o ministro decidiu que, embora relevante, “não havia condição para faze -lo imediatamente, pois seria necessário fazer uma pesquisa mais precisa”.
Lupi também disse que teria pedido ao diretor de benefícios e relacionamento com o cidadão, André Paulo Felix Fidelis, mas que falou sobre “as dificuldades de analisar e corrigir possíveis fraudes em cerca de 6 milhões de membros.
“(Ele) demorou a responder e teve que demiti-lo para avançar no relatório e, pela primeira vez, nosso governo tomou uma iniciativa de construir novas regras para conter uma possível fraude”, disse Lupi, enviando a cópia do Diário Oficial Federal de 5 de julho de 2024, que contém a demissão do funcionário. O relatório do conteúdo de Estadão procurou Fidelis, mas não conseguiu encontra -lo.
