O Ministério das Relações Exteriores da China divulgou nesta terça-feira (29) um vídeo oficial em resposta às ações dos Estados Unidos na guerra comercial iniciada durante o governo do ex-presidente Donald Trump.
“Ceder a um valentão é como beber veneno para saciar a sede”
Sem citar diretamente as tarifas impostas por Washington, o vídeo transmite uma mensagem firme: “ceder a um valentão é como beber veneno para saciar a sede”, afirma a narração, destacando que a China “não se ajoelhará” diante das pressões econômicas.
Produzido em inglês e legendado em chinês, o vídeo remonta a casos que, segundo Pequim, representam décadas de agressões econômicas por parte dos EUA contra outras nações. Entre os exemplos mencionados estão os casos das empresas Toshiba (Japão) e Alstom (França).
China se posiciona como defensora do livre comércio
Enquanto critica os EUA, o vídeo apresenta a China como um parceiro comercial confiável e defensor do livre comércio global. A mensagem é clara:
“A China permanecerá firme, por mais forte que os ventos soprem.”
Além disso, o conteúdo convida outros países a não se alinharem automaticamente aos interesses norte-americanos, com frases como:
“Alguém precisa levantar a tocha para dissipar o nevoeiro e mostrar o caminho.”
“É hora de quebrar os muros da hegemonia.”
Tarifas e retaliações: os números por trás da tensão
Apesar do tom desafiador, o vídeo não menciona diretamente as tarifas impostas por Donald Trump — que chegaram a 145% sobre produtos chineses. Tampouco aborda as retaliações da China, que aplicou tarifas de até 125% em bens importados dos EUA.
A divulgação do vídeo ocorre em meio a sinais contraditórios da Casa Branca. Embora Trump tenha declarado esperar uma redução gradual nas tarifas, membros de sua equipe indicaram que as sanções seguem como prioridade nas negociações bilaterais.
Resumo do contexto:
Guerra comercial entre China e EUA se intensificou durante o governo Trump.
A China agora adota uma postura pública mais combativa.
O vídeo faz parte da estratégia de comunicação internacional chinesa.
Pequim quer reforçar sua imagem como potência estável em meio às tensões globais.
