O Banco Central aumentou a taxa básica de tarifas Para desacelerar a economia e se segurar inflação no brasil. No entanto, o efeito ainda não foi sentido nos supermercados, de acordo com o Associação Paulista de Supermercados (APAS).
“O ciclo de ascensão começa a ter efeitos a partir de agora. A desaceleração deve ficar mais forte no segundo tempo, mas a expectativa ainda está crescendo para 2025”, disse Felipe Queiroz, economista -chefe da APAS, em café com jornalistas na quarta -feira (23).
Queiroz diz que o setor começou o ano crescendo cerca de 4%, considerando os dados consolidados de janeiro e fevereiro. Segundo o especialista, a redução de desemprego e o aumento da renda média em comparação com o início do ano anterior contribuiu para a quitação.
Em relação à inflação, o Índice de Preços do Supermercado (IPS), calculado pela APAS em parceria com o Fipe subiu cerca de 5 pontos percentuais desde o final de 2023. No entanto, a preocupação é mais direcionada a produtos específicos.
“A inflação não está fora de controle. O que acontece é que alguns produtos mais sensíveis ao consumidor causam uma impressão mais negativa, como café e ovos. Mas muitos outros produtos tiveram uma tendência de deflação”, disse Queiroz.
Para o presidente de Após, Erlon Ortega, a inflação dos sinais de retração. “Ela mostrou uma redução em algumas mercadorias como carne, óleo de soja, arroz e quilo de hortifruti. A tendência deste ano, até agora, é uma redução”, disse ele.
Além das altas taxas de juros, APAS coloca os impactos climáticos e a desaceleração das economias globais como China e Estados Unidos como ponto de atenção ao setor no segundo semestre.
O setor cresce em 2024, mas continua com vagas abertas
O resultado no início do ano permaneceu positivo, como no final do ano anterior. Em 2024, o setor ganhou R $ 328 bilhões em São Paulo registrando um crescimento real de 3% (inflação já descontada) em comparação com o ano anterior. A receita representa cerca de 30,7% do que é coletado pelo setor no país.
Segundo a APAS, os dados refletem a retomada da atividade econômica, a reorganização do consumo de famílias e uma expansão significativa no número de estabelecimentos e criação de empregos.
Somente em 2024, 4.023 lojas foram inauguradas no estado de São Paulo, resultando em um saldo positivo de 2.668 novos pontos comerciais, após o fechamento de 1.355 unidades.
A entidade ressalta que há uma mudança no perfil de novas lojas, com lojas menores aumentadas e mais perto dos clientes. Um exemplo é o segmento de lojas de condomínio, que cresceram 53,5% em 2024. Os hipermercados já caíram 10%.
Em relação à criação de empregos, o setor criou 22.000 novas vagas até 2024, 75% deles ocupados por mulheres. Atualmente, o setor emprega cerca de 690.000 pessoas no estado, com 34 mil vagas ainda disponíveis.
Para resolver o problema de ocupar empregos, APAs se reuniu com agentes do governo, como o vice -presidente Geraldo Alckmin.
De acordo com o presidente da associação, uma das ideias apresentadas é a possibilidade de não desencadear os beneficiários dos programas sociais após a ocupação de um emprego.
“Temos que tentar reduzir o apagão desse homem negro que estamos tendo, prejudicando nossa operação e crescimento. É um tema muito sensível que não é apenas no setor de supermercados, mas estamos tentando trata -lo da melhor maneira possível”, disse Ortega.
Também foi discutida uma eventual flexibilidade do dia de trabalho, com possíveis modelos que remuneram por hora de serviço.
“Pensamos no jovem, para que ele possa trabalhar cedo, mas não trabalhar na tarde ou o oposto. Muitos querem trabalhar no fim de semana, outros não. Temos que nos adaptar a um modelo modernizado”, disse o presidente da APAS.
Em 2025, o APAS completa 54 anos de operação na representação do setor de supermercados de São Paulo, que representa 9,7% de PIB do estado, de acordo com a instituição. Atualmente, a entidade representa 1.654 empresas associadas.
